quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O que as pessoas realmente compram?

 Por Eduardo Véras, professor da Fundação Dom Cabral

Quandos nos interessamos por alguma coisa, pode ser um objeto, um evento, um momento, uma viagem, um serviço ou até, uma pessoa, estamos na verdade fazendo uma análise de benefícios e custos, ganhos e perdas.


O Marketing das organizações se baseiam neste raciocínio para buscar a melhor forma de criar preferência por seus produtos no mercado em detrimento aos produtos dos concorrentes. Eles se perguntam: o que nossos produtos tem melhores do que os outros? Como os nossos potenciais clientes podem perceber estas vantagens? Qual o custo que estariam dispostas a assumir para tê-las?


Se você considerar que os custos que estamos falando são mais do que somente dinheiro, você compreenderá o porque que, às vezes, aceitamos pagar mais caro por algo que sabemos que poderíamos encontrar mais barato. Lembre-se que hoje em dia, procurar vaga para estacionar é custo, ficar sujeito a saber se fará sol ou chuva é custo, ficar preocupado com a sua segurança é custo, não ter certeza do que está levando para casa também é custo pois significa risco. O Marketing também sabe disso e, busca amenizar seus custos e/ou reduzir seus riscos em troca de mais consumo por parte das pessoas pois significa mais dinheiro. Um shopping center é justamente uma concentração de benefícios para tornar mais confortável o seu momento de compra se comparado a outros lugares que ficam na rua por exemplo. Por isso que às vezes achamos que seus preços são um pouco mais caros, mais ainda assim, compramos ali e voltamos várias outras vezes, porque, de alguma forma, concordamos em custear os benefícios por ele oferecidos.


O Marketing nomeia este comportamento de Análise de Valor. O entendimento do porquê que as pessoas consomem algo e quanto estão dispostas a consumir mais outros benefícos. É importante lembrar também que estes benefícios são de duas naturezas: tangíveis e intangíveis. O primeiro é aquilo que podemos ver e utilizar diretamente, como as vagas de estacionamento de um shopping center, por exemplo. Já os intangíveis que não valem menos que os tangíveis, são subjetivos. Um bom exemplo são aquelas pessoas ou turmas que lhe interessam e que frequentam uma determinada boate e que, indenpendente, dos preços da entrada, você sempre está na fila para entrar. Este é um valor intangível que nenhuma outra boate teria para oferecer.

Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/blog_marketing/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=6

Um comentário:

  1. Nossa! Bem oportuno a aula de hoje da professora Fabiana Leão, no 5º período. Entre outras coisas, falamos do Marketing Emocional que as empresas realizam, pois eles querem mais que a satisfação do cliente. E a emoção é matéria-prima da ação. O valor emocional que tal produto/serviço causa no cliente é uma incansável busca do marketing das organizações. Muito bom.

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