quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Novo Investimento bilionário e controverso em Suape


Grupo Bertin anunciou ontem, 13, o que considera a maior termelétrica do mundo e um terminal de granéis líquidos que custarão R$ 2 bilhões. Para gerar volume de capital o Grupo Bertin vendeu duas térmicas para a MPX Energia, do empresário Eike Batista e a previsão de início das operações é para janeiro de 2013, gerando 500 empregos diretos. A usina será movida a óleo, combustível muito poluente e já banido em outros países.

Especialistas do petróleo consideram um bom investimento, mas controverso. Acontece que a geração de energia a partir do óleo combustível é uma alternativa mais cara e poluente. Países desenvolvidos não constróem mais esse tipo de usina, fonte de energia abolida pelo próprio governo federal.

Na solenidade de oficialização, ontem, no Palácio das Princesas, o governador Eduardo Campos ressaltou apenas necessidade de investir em energia no momento em que Pernambuco cresce acima da média do Brasil e a oportunidade do estado aportar a maior termelétrica a motor do mundo, mas não deu ênfase nenhuma aos impactos ambientais que serão gerados pelo empreendimento.

Veja o depoimentos de estudiosos da área do petróleo:

Adriano Pires, Mestre em Planejamento Energético e diretor do Centro brasileiro de Infraestrutura.
"Acho uma loucura uma térmica desse porte. Não é normal. Nos países desenvolvidos esta fonte está sendo abolida justamente por causa de restrições ambientais. É a usina do atraso."

Luiz Stragevitch, Coordenador do laboratório de combustíveis da Universidade Federal de pernambuco (UFPE).
"O teor de enxofre do óleo é maior do que o do gás."

Para o diretor do Instituto Ilumina, José Antônio Feijó, a usina da Bertin é um "despropósito". "É uma energia cara, poluente e desnecessária." Feijó ressalta que o funcionamento da térmica será pago nas contas de luz de todo o Brasil, através do Encargo de Serviços ao Sistema (ESS).


>>> Nesta transação só estão sendo vistos os números astronômicos do investimento. Será que, de fato, os pernambucanos sairão ganhando com essa oportunidade? Acho que está mais para um presente de grego!

Fonte: Jornal do Commercio, Economia 1 e 2, em 14/09.

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