terça-feira, 19 de julho de 2011

O que é bom DEVE ser copiado


Lei que desestimula uso de sacolas plásticas faz um ano e tem bom resultado no Rio

Em um ano de vigência da Lei 5.502/09, que desestimula o uso de sacolas plásticas no estado, a população fluminense deixou de consumir 600 milhões de sacolas. O número representa redução de cerca de 25% das 2,4 bilhões de sacolas que eram distribuídas anualmente no estado.

Leia mais no link

Um exemplo a ser seguido por nosso Estado. Lembrando que o gestor deve pautar suas decisões na ética e transparência com a sociedade, tornando sua empresa cada vez mais sustentável.

Até mais!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

FECHAR O CICLO É PRECISO

“Meu sonho é que os netos dos meus netos nem saibam o significado da palavra lixo”. A afirmação é do coordenador de comunicação e conteúdo do Instituto Akatu, Estanislau Maria. Para chegar a esse sonho, a sociedade ainda tem muitas etapas pelas quais passar. Uma delas é a reciclagem e o upcycling, ou o reaproveitamento de materiais e resíduos para produzir novos produtos. Muitas das empresas que buscam esse caminho têm como objetivo fechar esse ciclo. E estão perto de cumpri-lo.

Exemplos de que reciclar é uma boa opção tanto do ponto de vista econômico como ambiental e até social já são mais familiares à maioria das pessoas. O Brasil se orgulha, por exemplo, de ser o maior reciclador de latas de alumínio do mundo. Uma pesquisa sobre os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, do IBGE, apontou que 91,5% delas são recolhidas para reciclagem. Para a indústria há uma grande vantagem, produzir latas extraindo matéria-prima sai 20 vezes mais caro do que reciclar.

A tendência de empresas que buscam fechar esse ciclo, foi mapeada pelo site GreenBiz, que levantou as 10 principais tendências relacionadas à sustentabilidade nas empresas. Para Joel Makower, fundador do GreenBiz, “empresas não estão mais preocupadas somente com os próximos 2 ou 5 anos, mas até o meio do século.

Pensam em usar somente fontes de energia renováveis e também gerar zero resíduos. Há toda uma geração de novos produtos com muito menos impacto no meio ambiente. Grandes empresas, como o Wall Mart, conseguem pressionar sua cadeia e dizer a ela que precisa avançar e achar novas maneiras de criar produtos e serviços que sejam bons para o meio ambiente e bons para os consumidores, sem custar mais”.

A Braskem, uma dessas empresas que saíram na frente, traçou um plano desde 2002 com sete macro-objetivos, entre os quais está um relacionado ao pós-consumo. O plano envolve a reciclagem mecânica dos plásticos, que atinge os índices de países desenvolvidos (35%), e a reciclagem energética de resíduos sólidos urbanos, que aproveita a energia de 10% dos resíduos. A empresa deu foco também no incentivo ao mercado de plástico reciclado.

Já a Souza Cruz, em Uberlândia (MG), deixou de mandar 40% dos seus resíduos para o aterro sanitário. Todo o pó de fumo e outros resíduos da fabricação do cigarro são utilizados em uma usina de compostagem e depois vendidos como adubo. Em 2010 foram reaproveitados 99,6% dos resíduos.

Outro caso nesse nicho é o do Mc Donalds. Os veículos que transportam os produtos da rede em São Paulo são movidos a biodiesel que é produzido com o óleo usado nas lanchonetes. A rede, controlada pela empresa Arcos Dourados, fez um piloto do programa e constatou que, embora o biodiesel gaste um pouco mais, é vantajoso, pois é mais barato, além dos benefícios ambientais.

Pioneira no reaproveitamento e no upcycling, a TerraCycle já nasceu como uma empresa eco-friendly. Em uma de suas parcerias, com a Kraft Foods, reaproveitou embalagens do suco Tang para produzir bolsas, mochilas e bolas de futebol.

Primeiros passos

Todas essas ações são motivo de comemoração pela sociedade, pois são parte importante do processo que pode equilibrar fatores de produção e consumo, que hoje são insustentáveis para o planeta. “Reciclar, na verdade deveria ser a última medida a ser tomada pelas empresas”, pondera Estanislau Maria, do Akatu. “Na verdade a sociedade precisa reduzir o consumo e as empresas podem contribuir criando produtos mais duráveis, gerando menos resíduos, utilizando energias renováveis, menos água e menos matérias-primas”.

Para ele, essas ações de reaproveitamento de resíduos e de reciclagem são muito positivas, pois, entre outras coisas, vai facilitar a implementação da Política de Resíduos. Mas não devem ser o único caminho. Dados do IBGE estimam que diariamente o país produz 183 mil toneladas de lixo doméstico por dia. Isso mostra que temos mesmo que mudar nosso padrão de consumo. Esse é o grande desafio para o futuro.

Fonte:http://www2.acaoempresarial.org.br/acao_empresarial/site/imprensa_ler.php?c=27&id=539