segunda-feira, 21 de março de 2011

Qualificação: o que é isso?

Oito executivos de áreas diferentes dizem o que um profissional precisa saber para ser contratado hoje

Fabiana Corrêa (undefined)

Crédito: ilustrações de Roberto Weigand
 - Crédito: ilustrações de Roberto Weigand
É comum ouvir no mercado que falta gente qualificada para preencher as vagas abertas nas empresas. “Quando se fala de profissionais realmente bons, com experiência, capacidade de liderança, as ofertas são poucas”, diz Renata Lindquist, da consultoria de busca de executivos Mariaca, com sede em São Paulo, confirmando uma percepção que assombra as companhias que têm plano de expansão. Alguns requisitos básicos, como falar inglês fluentemente, ter cursado uma faculdade de renome e mostrar experiência na área em que se deseja atuar abrem portas, mas não são imprescindíveis em todos os mercados.

Na verdade, o currículo essencial muda de acordo com a empresa. “As companhias vão precisar de gente ambiciosa, com visão interdisciplinar, que dialogue com outras áreas além da sua, pensando na organização como um todo”, diz Gilvan Delft, diretor da consultoria de busca de profissionais Page Personnel, com escritório em São Paulo. Como as principais operações das organizações em expansão continuam sendo as internacionalizações, fusões e aquisições, é importante lidar e ter experiência com diversidade cultural.

As características pessoais - e a prova de que um profissional usou o que sabe a seu favor para conseguir sucesso —, portanto, são mais importantes do que formação impecável, principalmente quando se trata de gente com alguns anos de experiência. “Comprometimento e flexibilidade, por exemplo, são habilidades que não se coloca em currículo, mas que avaliamos durante as entrevistas”, diz Gisleine Camargo, gerente da KPMG, consultoria de gestão de São Paulo.

Fonte :http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/qualificacao-isso-546337.shtml

sábado, 19 de março de 2011

Vende-se! Entenda como funciona o processo de venda, aquisição ou fusão entre as empresas




Por Fábio Bandeira de Mello , www.administradores.com.br

Em 2010, o número de fusões e compra de empresas por outras organizações superou as perspectivas. De acordo com dados do relatório Forging Ahead – 2010 Annual Review, somente no setor de siderurgia, o setor somou 27 bilhões de dólares em fusões e aquisições – um salto de 78% em relação ao ano anterior.

Para 2011, a expectativa é que as compra e vendas entre as empresas aumentem mais em pequenas e médias empresas. Os setores mais promissores deverão ser varejo especializado para classe C e D, tecnologia da informação (TI), construção civil e o setor de óleo e gás.

Só que apesar de gerar bilhões de dólares em todo o mundo, é comum surgir dúvidas de como funciona todo o processo de compra, venda e fusão no mundo dos negócios. Para esclarecer mais sobre o tema, o Portal Administradores entrevistou Miguel Abdo, sócio-diretor da Naxentia, consultoria que ajuda empresas a "arrumar a casa" e capturar mais valor na hora da venda. Confira:

No ano passado, o Brasil bateu o recorde de fusões e aquisições e, a perspectiva para 2011 é que o país se mantenha forte no número dessas transações. Quais são os setores, atualmente, que são mais propícios às fusões ou compra por companhias maiores?

Os setores que devem se destacar em 2011 são o de varejo especializado, de serviços, cadeia de óleo e gás e infraestrutura. Ressalta-se que, enquanto as grandes empresas já passaram por um movimento de consolidação, limitando as oportunidades de novos negócios, agora o destaque serão as companhias de médio porte.

Dessas operações anunciadas recentemente, quais delas você destacaria?

O anuncio da compra da rede varejista carioca [especializada em eletroeletrônicos] Casa & Vídeo, avaliada em R$ 600 milhões pelo BTG. Exemplo de empresa de médio porte de varejo especializado.

Quais são os fatores que influenciam o processo de venda de uma empresa. O que deve ser avaliado principalmente?

Ganhos de eficiência, sinergias, necessidade de diversificação e entrada em novos mercados, são alguns dos motivos das fusões e aquisições entre empresas.

E o que é importante avaliar?

No processo de venda, é importante avaliar a saúde da empresa a ser comprada, a capacidade de gerar caixa, o nível de endividamento e o peso dos custos no total do faturamento. Deve-se verificar se os impostos e os pagamentos para órgãos como o INSS ou para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço estão em dia. Além disso, é preciso checar se os balanços dos últimos anos estão corretos e se as contas foram auditadas.

A grande maioria das empresas nacionais de médio porte apresenta um grau elevado de informalidade, problemas trabalhistas, fiscais e até mesmo ausência de um sistema de gestão corporativa. Por isso, acabam aparecendo alguns problemas nos processos de fusão e aquisição. Muitos negócios estão estagnados ou não avançam pela própria falta de qualidade das empresas.

Com a falta de dados concretos da situação da companhia e, consequentemente, da segurança necessária para efetivação do negócio, a ponta compradora acaba desistindo da transação. Os investidores, institucionais ou estratégicos, ficam impossibilitados de adquirir um ativo por conta de características e processos duvidosos, mesmo sendo um ativo bastante atrativo e com bom potencial de crescimento.

Vale investir em uma reestruturação para que se consiga o melhor valor possível no momento que assinar a venda. Empresas especializadas em reestruturação podem ser chamadas para fazer uma espécie de "arrumação da casa". Ou seja, profissionais qualificados que irão preparar a empresa para ser adquirida após um período de gestão profissional.

Esses processos de aquisição ou fusão das empresas geralmente são feitos por etapas? Como isso funciona?

Adquirir ou unir-se a outra empresa é um processo que requer atenção e cuidados minuciosos. O primeiro ponto de atenção é a avaliação da empresa a ser integrada ou adquirida. O processo de due diligence tem como objetivo exatamente a transparência de informações para que a condução seja a mais clara possível. Em qualquer transação como esta, seja envolvendo grande, pequenas ou médias empresas, é fundamental a análise e avaliação detalhada de informações e documentos da empresa a ser adquirida.

O ideal é realizar um due diligence clássico acompanhado de um due diligence financeiro (performance histórica, posição financeira atual, validação de projeções), operacional (avaliação do supply chain, alinhamento da organização, infraestrutura de TI) e estratégico (tendências de mercado, posicionamento de produto / preço, analise de clientes). É preciso avaliar os pontos críticos, identificar os riscos e passivos, assim como as oportunidades para, somente a partir destas informações, definir qual seria a melhor alternativa para estruturar a negociação.

Ultrapassado o desafio da negociação, começa o maior trabalho: o processo de integração. As empresas precisam estar preparadas para integrar culturas, histórias, processos e objetivos até agora distintos. Assim, mesmo que a negociação financeira tenha sido um sucesso, o futuro do novo negócio dependerá de como a empresa irá conduzir a união das duas empresas.

Iniciada a transição, o primeiro passo é revisar o plano de ação para integração e captura de sinergias. Com todas as informações em mãos, será possível definir um planejamento estratégico, de longo prazo. Mudanças de cronograma e previsões são frequentes e os gestores precisam estar preparados para adaptações.

Como impedir que a cultura organizacional de uma empresa que passa por algum processo de fusão ou venda seja afetada?

As empresas são feitas por pessoas e que é recomendado comunicá-las corretamente. Se todos estiverem envolvidos, a transição será muito mais tranquila. Considerando que, muitas vezes, o processo envolve a renovação e a redução de equipes, a comunicação é uma forma eficaz de gerenciar este processo e tranquilizar a equipe.

Independente do porte e da nacionalidade da empresa, os primeiros três meses são os mais difíceis e precisam, necessariamente, de estruturação e planejamento. Somente com este dois requisitos, a transação, de fato, pode se concretizar em um grande negócio.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Japão: fábrica da Toshiba está paralisada desde o terremoto




País é responsável pela produção de um quinto dos chips vendidos no mundo.

O terremoto de 8.9 graus ocorrido no Japão na última sexta-feira (11) paralisou temporariamente a produção de microchips na fábrica local da Toshiba.


Apesar do iminente atraso no embarque de produtos, a SanDisk, uma das sócias da companhia, afirmou que as perdas na produção não foram muito significantes.


O Japão é responsável pela produção de um quinto dos chips vendidos no mundo. Após a catástrofe, é esperado que essa oferta sofra uma redução considerável.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estágio na CESA - Logística - Suape



Vaga em aberto para AUXILIAR ADMINISTRATIVO.
Empresa: CESA S/A
Seguimento: Logistica, Transporte, Armazenagem e Distribuição
Histórico: A CESA instalou uma filial no Porto de Suape e já esta aqui há +/- 3,5 anos.

CARGO: AUXILIAR ADMINISTRATIVO
SALARIO: R$ 761,20 + VT + TICKET + HE (QUANDO FIZER) + PLANO DE SAUDE/ODONTOLOGICO + SEGURO DE VIDA
Residir nas cidades de IPOJUCA / CABO DE SANTO AGOSTINHO
Exigências: Estar cursando ensino superior, ao no mínimo 2ª Período;

Obs: A CESA TEM PLANO DE CARREIRAMENTO E INCENTIVOS AO ESTUDO.
 
Contato segue para os interessados:


E-mail: marcos.filho@cesa.com.br
Fone: 81-3527-4036 e/ou 8856-7510

terça-feira, 8 de março de 2011

Trabalho: canais de comunicação interna dividem opiniões de especialistas

 
Por Karla Santana Mamona , InfoMoney

Para tentar resolver conflitos no ambiente corporativo, muitas empresas disponibilizam canais de comunicação, como linha direta com o presidente, e-mail para o RH (Recursos Humanos), caixa de sugestões ou até mesmo escolhem um profissional para ser o representante da equipe. Mas será que estes artifícios funcionam?

Para o coach e presidente da SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching), Sulivan França, o sucesso destes meios de comunicação dependem da maneira como foram instalados. “A empresa tem de definir o objetivo, qual a principal função. Caso contrário, acaba virando canal de desabafo”, diz.

Além disso, ele acrescenta que é fundamental que estes meios sejam uma via de mão dupla: o profissional que faz algum comentário tem de ter algum retorno da empresa, mesmo se for para explicar que a empresa está ciente do assunto e que procura uma maneira de solucionar o problema.

Contra

Já o sócio diretor e fundador da Muttare, consultoria de gestão, Tatsumi Roberto Ebina, acredita que os canais de comunicação interna das empresas não funcionam porque não têm legitimidade. De acordo com o especialista, as empresas que aderem a estes meios apresentam problemas de gestão.

“São empresas que estão com seu modelo de gestão muito atrasado. O correto seria que o canal de comunicação entre o subordinado e o líder funcionasse. Além disso, estes canais traduzem a presença do medo, já que o profissional tem receio de se expor”, afirma.

Ebina declara ainda que estes canais protegem os profissionais, que relatam seus casos, já que muitos são sigilosos, entretanto expõem aqueles que estão sendo “denunciados”. Para ele, o mais indicado seria que as empresas reavaliassem suas maneiras de gerir seus talentos e negócios. “As empresas estão sempre buscando inovação de produtos, mas não buscam inovação na gestão”, diz.

O que diz a legislação

Em relação ao que diz a legislação trabalhista sobre o assunto, a advogada especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário do escritório Pompeu, Longo, Kignek & Cipullo Advogados, Cristiane Fátima Grano Haik, explica que não há nada nas leis do trabalho que trate o sobre o tema.

Mas, caso a empresa exponha algum profissional, tanto o que relatou algum caso, como a pessoa que está relacionada diretamente com aquela situação, o colaborador pode recorrer judicialmente e ganhar uma indenização.

Além disso, se houver quebra de confiança por parte do empregador, o profissional pode pedir a rescisão do contrato. “O contrato de trabalho pressupõe que as duas partes confiem uma na outra. Em casos extremos, em que o empregado não consegue mais trabalhar, pode ocorrer a rescisão indireta do contrato. É como se fosse a justa causa dada pelo empregado”, acrescenta.

Sobre demitir profissionais por motivos indicados pelo canal de comunicação, a especialista afirma que isso não pode ocorrer, já que não é uma prova documental. É necessário que haja uma investigação mais profunda.

Outros meios

Algumas empresas, apesar de não oferecem linha exclusiva com o presidente, e-mails, caixa de sugestões, entre outros, visam estreitar as relações e a comunicação entre os profissionais por meio de outras ferramentas. É o caso da consultoria Crescimentum, empresa de desenvolvimento de líderes.

A sócia da Crescimentum e gerente de Marketing e Logística, Mônica Rossi, explica que a empresa realiza encontros semestrais e anuais com os profissionais, além de aplicar uma avaliação 360 graus. Assim, o colaborador pode analisar também o desempenho de seu chefe.

“Em cada encontro realizamos uma técnica diferente. Juntos, os profissionais apontam os problemas da empresa e indicam uma solução. O resultado é fácil de mensurar, aqui na Crescimentum não tem fofoca, é um ambiente leve. O profissional é ouvido”, finaliza.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/trabalho-canais-de-comunicacao-interna-dividem-opinioes-de-especialistas/42826/